quarta-feira, 19 de maio de 2010

Chapadão de Teatro


No último fim de semana (dias 15 e 16) estivemos na cidade de Chapadão do Lageado a convite do pastor Cesar. (ex-aluno nosso com muito orgulho). O que vimos na cidade foi algo um tanto quanto.. reflexivo.

É preciso mexer com o Chapadão.


Uma pequena cidade com aproximadamente 3 mil habitantes mostrou-se acolhedora e ao mesmo tempo preconceituosa com o evangelho.
No intervalo entre o teatro que fizemos no ginásio a tarde e o culto a noite, aproveitei para treinar com minhas claves de malabares no terreno ao lado da igreja. Observei que tinha uma criança assistindo ao meu treino timidamente por detrás da cortina da janela de sua casa. Arrisquei um aceno e fui correspondido com um daqueles sorrisos que só as crianças sabem dar.
Continuei treinando com aquela plateia de uma só pessoa e, qual não foi a minha surpresa ao observar que a menina estava do lado de fora de casa, observando-me atentamente acompanhada de uma amiguinha. De repente chegou outra criança para implementar o respeitável publico e, por fim, tinha até a pequena Sofia como "assistente de palco".
A medida que treinava, meu público foi se tornando mais espesso, composto também por adolescentes. Mostrei tudo o que sabia fazer com minhas claves, arriscava números dignos do Circo de Soleil para uma plateia extasiada que agora se compunha de mais de 10 pessoas. Foi quando, dentre aquela "multidão" uma voz me arrebata do meu maravilhoso número circence:
- Você só sabe fazer isso? - perguntou uma menina.
- Não. - respondi juntando os cacos do meu ego que estava no chão. - Sei fazer mágicas também, vocês querem ver?
Fiz uns pequenos truques com moedas e aproveitei para convida-los para assistir ao culto que aconteceria mais tarde na igreja. Prometi-lhes que a noite faria mais truques durante o culto. (como seria eu o pregador, podia propor isso). No entanto, a resposta que ouvi foi a seguinte:
- Eu não posso vir nessa igreja, meus pais não deixam porque vocês são "crentes".
Foi nesse momento que compreendi o quanto são importantes as estratégias de evangelismo criativo fora das quatro paredes da igreja.
É preciso estar constantemente se reciclando criativamente. Nas ruas, o terreno é "neutro" e podemos falar de Jesus. O grande "X" da questão é a forma como falaremos. Evangelismo criativo é aquele que possui a capacidade de quebrar a barreira do preconceito e inserir Jesus por entre ela. As oportunidades estão aí. Se você não consegue encontrá-las, então pode criá-las.

3 comentários:

  1. Muito legal essa postagem... Continuem compartilhando as experiências engraçadas e marcantes das viagens do grupo!

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  2. É muito bom que outras pessoas compartilhe isso conosco ( de vir aqui e fazer o maravilhoso trabalho que vocês fizeram) pois infelizmente sofremos isso quase todos os dias,e com isso vem a responsabilidade de a cada "pelo menos 1 vez por mes" ter que usar a criatividade pra fazer trabalhos com a cominidade. E ai ta o que Jesus disse:
    - ir por todo mundo e pregar o evangelho a toda criatura.
    ele não disse como que nós tinhamos que pregar ele só disse vão...
    isso quer dizer se for preciso plante bananeira MAIS VAI!!!! E é maravilhoso fazer isso, NÃO TEM PREÇO


    abraços...
    obrigada por tudo
    e vocês moram no nosso coração
    Miss:Daiane e César

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  3. Amar a Deus e ao próximo independe de religião; depende de sentimento e prática. O preconceito revelado na situação relatada mostra a falta de esclarecimento dessas pessoas. Há que se fazer um trabalho extra-muros das igrejas e isso o grupo vem fazendo com grandeza, seriedade e muita criatividade. O trabalho de vcs é louvável. Parabéns!!

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